28/04/2008

Eles falam, falam...

Há muito que esperava que alguém entrevistasse o António Cunha Vaz... e a entrevista surge hoje de "alguém farto de estar na sombra"
[e eu pensava que mesmo na sombra já tinha protagonismo suficiente].

Agora fiquei com a impressão que se trata de alguém faroleiro, competente, atento, ganancioso, trabalhador, cuidadoso...

Passagens:

Mas para que serve estar perto do poder? Para atrair clientes, para ter influência?
Eu nunca disse a um cliente meu: "Olhe que sou muito amigo do dr. Menezes, e, quando ele estiver no governo, faço isto e aquilo." Não disse, mas eles podem pensar isso.
Já agora! Não os posso impedir de pensar, ou posso? O interesse de trabalhar com políticos tem a ver com isso.
(...)
Então porque não desiste de trabalhar com os políticos?
Porque gosto da política. Divirto-me. Ficamos a conhecê-los melhor. É como ir ao circo. No circo, ficamos a ver. Se entra na política, tem de trabalhar com eles.
No circo também podemos interagir.
(...)
Há tanto conflito de interesses numa agência de comunicação como numa firma de advogados ou numa consultora. É uma questão de seriedade. Também tenho cuidado a escolher os meus clientes. Por exemplo, não aceitei Avelino Ferreira Torres, nem a Igreja Maná, nem o casal McCann.

Sem comentários: