Sempre que ela passa
Num passinho ligeiro, teleco-teco
Lá vai ela no passinho ligeiro
Todo mundo diz teleco-teco
Meu Deus, quanta graça!
Mas logo, alguém diz teleco-teco
Que carinha fechada
Que não dá uma bola
Não ri pra piada
Não quer mesmo nada
Sempre que ela passa
Mas eu sei porque, teleco-teco
Ela só anda assim, teleco-teco
Num passinho brejeiro, tiquinho, trançado
É porque ela sabe que a conversa não dá resultado
De modo que guarda, muito bem guardado
Aquele teleco-teco todinho pra mim
Porque ela guarda aquele teleco-teco todinho pra mim
15/10/2010
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4 comentários:
Escutamos muito essa expressão, mas desconhecemos a origem, então fui pesquisar:
CERIMONIAL DE BORDO
A SALVA: SAUDAÇÃO COM CANHÕES
O sinal de amizade era antigamente entendido e mormente caracterizado pelo fato de apresentar-se uma pessoa, com a espada abatida, ou um navio ou uma embarcação, momentaneamente impossibilitado de manobrar ou combater. Nos tempos em que não havia meios seguros de comunicação e quando no mar não era possível aos navios saberem notícias de terra, a menos que encontrassem outros que as transmitissem, era importantíssimo para cada um deles saber quais as intenções uns dos outros, quando se encontravam. Imagina-se que um navio, no mar há algum tempo, poderia não saber se sua nação estava ou não em guerra com outra, inclusive com aquela cuja bandeira um navio avistado ostentava! Era, portanto, importante demonstrar atitude amistosa, tomando difícil a manobra ou o combate.
Nos tempos de Henrique VIII, para um canhão repetir um tiro levava uma hora. Assim, um navio estava com os canhões sempre carregados para combate. Mas, se ele os disparava, ficava impossibilitado momentaneamente de combater. A maior parte das fragatas e navios menores era armada com uma bateria de sete canhões, em cada borda. A princípio, uma salva de sete tiros era a salva nacional britânica. As baterias de terra, no entanto, deveriam responder às salvas do navio, na razão de três tiros para cada tiro de bordo. Assim, a máxima salva de bordo, sete tiros, era respondida pela maior salva de terra, vinte e um tiros. Com o progresso da indústria de armas e, principalmente, da produção da pólvora, a maior salva de bordo passou a ser também de vinte e um tiros.
O número de tiros, depois que a salva se transformou num costume, chegou aos nossos dias consagrado no Cerimonial Naval. Vinte e uma salvas é o máximo que se usa. Mas por que vinte e uma? É porque, além do costume acima, esse número é múltiplo de três. A explicação é que os números 3, 5 e 7 sempre tiveram significado místico, muito antes, mesmo, de existirem marinhas organizadas como as dos últimos três séculos.
O intervalo das salvas festivas é de cinco segundos, entre um tiro e outro. Havia um velho costume, na Marinha antiga, que ainda hoje os oficiais "safos" usam para contagem dos cinco segundos regulamentares, que é o de dizer a expressão: "teco, teleco, teco, pepinos, não são bonecos, - fogo um!"; repetindo-se após cada tiro o mesmo conjunto de palavras só alternando o número da ordem de fogo. Quem cronometrar o tempo que normalmente se leva para dizer as palavras mencionadas, verá que ele é de cinco segundos.
então digo:
O borogodó do telecoteco do ziriguidum paulistano.-
teleco-teco-teco-teco violão toloc-toc-toc-toc agogô.
Abraços do primo Luiz
Confesso que às vezes acho que os brasileiros inventam palavras, mas parece que não é o caso ;)
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